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Controle Eletrônico de Estabilidade: tudo que você precisa saber

Esse sistema é bem conhecido pelas siglas ESP (que é a forma reduzida para “electronic stability program” ou programa eletrônico de estabilidade) ou ESC.

No seu carro, ele está representado no painel, em um botão que contenha uma dessas siglas ou um desenho de um carro derrapando. Seja como for, ao pressionar esse botão o programa eletrônico de estabilidade pode ser desativado.

Porém, desativá-lo não é uma boa ideia. Sabe por quê?

Porque o ESP é uma tecnologia criada para ajudar o motorista a não perder o controle da direção – um verdadeiro salva-vidas! Para você ter uma ideia de como o ESP é fundamental para a segurança do veículo, um estudo feito pelo Instituto de Segurança Viária dos EUA (o IIHS) descobriu que o controle de estabilidade reduz em até 43% o índice de acidentes graves, que levariam à morte dos envolvidos.

Impressionante, não é?

Esse resultado é possível porque o controle eletrônico de estabilidade possui uma série de sensores que estão de olho no comportamento e na trajetória do veículo. Se o motorista entrar com a velocidade alta demais numa curva, precisar se defender de outros motoristas que estão dirigindo perigosamente ou desviar rapidamente de um objeto na pista, o ESP é ativado na hora, para o motorista não perder o controle do veículo com o movimento brusco.

Como o Controle Eletrônico de Estabilidade funciona na prática?

Para identificar a possibilidade de perda do controle do veículo antes que ela aconteça e evitar acidentes, o ESP é uma tecnologia que monitora diversos aspectos da direção e do próprio carro. Alguns deles são:

  • Perda de tração nas rodas
  • Inclinação do carro
  • Angulação dos pneus
  • Velocidade do veículo
  • Trajetória das curvas
  • Rotação das rodas

Uma vez identificado um problema com algum desses fatores, os freios ABS, que sempre são encontrados nos carros que possuem controle eletrônico de estabilidade, são acionados.

Os freios podem fazer o seu papel mesmo se o motorista estiver acelerando, já que o controle de estabilidade tem autonomia para interferir em uma única roda ou em várias, sempre que precisar corrigir a trajetória do carro. Seja qual for a conduta do EPS, é certo que o objetivo será sempre o de diminuir a velocidade de uma maneira segura, sem causar derrapagens ou cavalos-de-pau.

Entendeu agora porque o controle eletrônico de estabilidade pode ser desativado, mas não deve?

Qual é a diferença entre o Controle de Estabilidade e de Tração?

É verdade que o controle de tração ou TCS (traction control system) é bem parecido com o ESP, no sentido de que os dois são sistemas eletrônicos voltados para a segurança do carro, mas as suas funções são diversas.

O sistema de controle de tração evita que as rodas fiquem girando em falso durante uma arrancada rápida ou quando o carro está “patinando” em um asfalto alagado ou enlameado, por exemplo. Basicamente, o que ele faz é reduzir o torque (que é a capacidade de arranque) na roda que está girando em falso, para que ela ganhe tração no contato com o chão novamente.

Já o de estabilidade, como vimos, é um sistema mais abrangente, que monitora mais elementos do veículo para corrigir a sua trajetória.

De fato, é verdade também que as diferenças entre essas duas tecnologias param por aí. Afinal, ambos atuam com auxílio dos freios ABS e ajudam os motoristas a não perder o controle do carro quando o perigo se aproxima. Em alguns momentos, o controle de tração atua em conjunto com o controle eletrônico de estabilidade, principalmente no caso de curvas mais perigosas.

Em quais modelos o ESP está presente?

De fato, o controle de estabilidade é fundamental para a segurança do motorista e dos passageiros. Essa afirmação é verdade e já foi reconhecida na Europa e nos Estados Unidos, com a legislação para obrigatoriedade dessa tecnologia nos carros vendidos nessas regiões.

No Brasil, o controle eletrônico de estabilidade passa a ser obrigatório nos carros vendidos a partir de 2024 apenas. Mas se você não quer esperar esse momento chegar, já existem alguns modelos disponíveis no mercado que contam com essa série de sensores. Confira quais são alguns deles:

  • Chery Tiggo 2
  • Fiat 500
  • Fiat Uno
  • Ford Ka Freestyle
  • Honda Fit DX
  • Hyundai HB20S e HB20X
  • Hyundai HB20 Sport
  • JAC T40
  • Renault Sandero R.S.
  • Toyota Etios
  • Volkswagen Polo

Fonte: Blog do Mecânico

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